Resenha de Livro: Para todos os amores errados

Livro:  Para Todos os Amores Errados
Autora: Clarissa Correa
Ano: 2013
Páginas: 176
Editora: Gutenberg
Nota: 5 de 5 ( Meu queridinho)

Vou começar dizendo que virei fã dessa autora. Há muito tempo queria ler esse livro que pela sinopse e enredo pareciam ser incríveis. E foi exatamente assim. Um livro INCRÍVEL e ideal para você que está ai se sentindo sozinha, incompreendida, magoada e com todas aquelas sensações agoniantes. Para todos os amores errados é um livro cheio de crônicas que vai te encantar do começo ao fim. Fiquei surpresa com a simplicidade da autora e de como ela usa as palavras para descrever os textos e simplesmente te traduzir em várias linhas. Lendo cada um dos textos senti saudades familiares, momentos que voltavam, memórias guardadas e uma vontade de deixar as lágrimas voltarem. Clarissa faz uso das palavras de uma forma engraçada, casual, simples e envolvente. Como o título já diz as crônicas falam dos sentimentos, frustrações, decepções e todos os amores que deram errado. E em algum palavra ou linha você com certeza vai se identificar. Dá pra ler várias e várias vezes, marcar os textos favoritos e selecionar frases que te traduzem completamente. A Clarissa escreve de uma forma sincera, pra pessoas que sente, pessoas que se preocupam e realmente se envolvem de verdade com a outra pessoa. Sem fantasias, firulas ou enrolação as palavras chegam ao nosso coração de um modo direto e intenso.A autora coloca tudo que passou junto com suas experiências de um modo que te faz refletir e pensar nas situações comuns e pensar " Não estou sozinha nessa jornada de sentimentos". 

É um livro real com sentimentos que todas garotas já passaram. Li muitas críticas de pessoas que reclamaram alegando que o livro parecia ser de uma garota de 14 anos que precisa de terapia ou uma garota que é imatura e boba. Desde quando fazer terapia é uma crítica? Desde quando ser insegura, descrever os amores errados e desabafar sobre os sentimentos é algo bobo e imaturo? Todas nós não queremos atenção, carinho, sentimento e amor? Todas nós não queremos relações que deem certo e reciprocidade? Independente da idade acho que sentimos o mesmo quando nos decepcionamos ou magoamos. Ela retrata tudo que sente em diversas situações e pode soar repetitivo mas quantas vezes não nos magoamos e sentimos a mesma coisa repetidamente? Não dá pra julgar apenas não gostar dos textos, mas a linguagem com certeza vai te envolver e te fazer confortar se estiver passando por algo. Consegui falar com a Clarissa no Facebook e precisei agradece-la pelos textos porque eu necessitava dizer algo. E ela foi extremamente gentil comigo. Recomendo esse livro para todos que já sofreram, se magoaram, não compreenderam ou estão tentando dar a volta pra cima. Um livro incrível, com uma escrita incrível e envolvente, cativante ao extremos merece mesmo sua leitura.

"A propósito, te agradeço. Não por ter me magoado e ido embora como se nada tivesse acontecido, mas por ter me ensinado a ser mais forte. E menos tola." 

"Após procurar (sem sucesso) palavras bonitas para te escrever, descobri que o que existe de mais bonito para te oferecer não são palavras. E sim o que eu tenho de melhor (e pior) em mim. Procurei palavras, mas só consegui dar vazão ao que um peito receoso e cauteloso (talvez por ter ficado cara a cara com o precipício) tinha a dizer. Espero que você seja o céu azul." 

"One more time: atitudes valem mais do que duas mil palavras. E alguns olhares valem mais que quinhentas declarações de amor." 

" Nem sempre as coisas saem como esperamos, eu sei. Mas acho que o que move as pessoas é o sentimento. Problemão? Fato inesperado? Se gosta de mim, tenha a absoluta certeza de que estarei ao seu lado, pro que der e vier. Pelo menos nós tentamos. Pior vai ser deixarmos o tempo passar e bater o arrependimento. Por favor, pense bem antes de jogar parte de mim (parte sua?) no lixo." 

"Sem apertar o interfone, nem nada. E a imagem que vem de você é aquela, daquela sua foto que eu acho linda. Que tem o desgraçado do sorriso lindo. Que tem você. E que, acredite, tem uma parte de mim." 

O amor é o sentimento mais indefinível e intenso que pode ser vivido. Profundo ou superficial, complexo ou simples, verdadeiro ou passageiro, ele atinge e muda tudo sem precedentes. Porém, momentos de pura paixão também podem ser dramáticos e dolorosos, quando dois corações não conseguem se entender. Em Para todos os amores errados, lançamento da Editora Gutenberg, a redatora publicitária e blogueira Clarissa Corrêa escreve sobre as desilusões de um romance avassalador.Famosa por ter um de seus textos lido ao vivo por Pedro Bial, no programa Big Brother Brasil, Clarissa é certeira, indo direto ao ponto por meio de relatos sinceros, que recheiam o livro e dão uma pitada diferente no modo de pensar o amor. Entre os altos e baixos do fim de uma relação amorosa, a história é contada e sentida a partir de desabafos escritos em primeira pessoa, os quais, segundo prefácio assinado por Pedro Bial, “baixa a calcinha dos homens e mostra a cueca das mulheres”. Cheio de citações a personalidades do cotidiano atual, o texto adquire um tom de veracidade e aproximação a cada página, criando uma intimidade até mesmo cômica com que já sentiu ou passou pela mesma situação, em que o amar e ser amado não é responsabilidade de um só. Registrando todas as fases de um rompimento, a protagonista chora, se arrepende, fica aliviada, triste de novo, sente saudades, tem muita raiva, volta a amar o mesmo amor, se encontra e se desencontra várias vezes. Chega à etapa de se entender e respeitar, para poder, quem sabe, voltar a amar. Escreve crônicas e poemas que expressam seus sentimentos. Conta os detalhes da traumática separação, classifica os tipos de homem e declara independência. Partindo de uma forma mais caótica de se expressar até chegar o mais próximo da razão, o amor e todos os seus obstáculos são a força que alimenta a narrativa. Sem medo de se expor ou ser julgada, a protagonista de Para todos os amores errados é um reflexo da mulher contemporânea que, ao mesmo tempo em que se permite amar, não tem medo de falar e gritar aos sete ventos que uma paixão também pode dar errado.

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