Resenha de Livro: A Febre de Megan Abbott

Livro: A Febre
Autora: Megan Abbott
Ano: 2015
Páginas: 272
Editora: Intrínseca
Nota: 4 de 5

Esse livro foi uma compra espontânea em um site e peguei ele na promoção por 9,90. Antes disso não tinha visto nem ouvido nada com relação ao mesmo e quando li a sinopse da história achei a premissa bem interessante. Falando da história, o livro é situado em uma escola secundária onde as amigas Deenie, Gaby e Lise são melhores Amiga. Deenie é filha do professor de química da escola, Tom e irmã de um dos caras mais populares da escola. As coisas começam a ficar esquisitas quando sua amiga Lise tem um ataque na escola. Mas não é um ataque comum, cabeça virada pra trás, convulsões e desmaios estão incluídos. Todos ficam horrorizados. A garota é levada da escola e isolada até saber o que há de errado só que ninguém consegue descobrir. A situação piora quando outros casos vão se desenvolvendo Gaby e outras meninas também são atingidas o que faz todo mundo entrar em pânico e temer algo que nem ao menos sabem o que é. Especulações são feitas enquanto a história vai ficando mais misteriosa e cada vez mais esquisita, o que realmente estaria acontecendo com as garotas que não pode ser detectado em exames??

A Febre é categorizado como thriller psicológico e pode ser mesmo considerado assim devido a narrativa incrível da autora. Conforme você avança na leitura os fatos vão te deixando ainda mais intrigado e você quer por curiosidade saber o que está acontecendo ali conforme a autora vai soltando as pistas e tentando desvendar a doença por trás daquela confusão toda. Cada capítulo é narrado na perspectiva de um personagem : Deenie, seu irmão e seu pai. Todas as narrativas são importantes para que as peças se interliguem e no final você possa entender o que houve. A autora colocou tudo no ritmo certo sem acelerar nem ficar lento demais. Do meio pro fim fiquei cada vez mais curiosa pra saber o que diabos estava acontecendo ali. 

Eu não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo e quando soube ai que a autora me fez tirar uma estrela da história. O problema desse livo é que ele é brilhante. Sim, ele é bem desenvolvido com um premissa inteligente e interessante mas peca no final porque durante toda a história aperta na sensação de suspense e mistério e ai você automaticamente espera algo grande no final para explicar tudo que foi narrado e fechar o mesmo com chave de ouro, mas não é isso que acontece. O final apesar de bom não condiz com o ritmo da história. Eu esperava que a autora seguisse algumas das teorias que foram especuladas durante o processo de dúvidas dos personagens com relação a doença, mas ela não usou e nem inovou no final trazendo um fim até clichê e sem fôlego pra uma história bem desenvolvida e brilhante.

A Febre é um bom thriller psicólógico que vai te fazer ficar instigado pela leitura e com curiosidade pra saber o que acontece na trama e pode até dar um nó na sua cabeça. Só não espere muito pelo final. Com certeza vale a pena seu tempo pelo desenvolvimento, originalidade e evolução dos personagens interligados aos fatos. Recomendo.


“— Não sei — disse o homem, com a voz falhando. — O jeito como ela olha para mim. Tem alguma coisa. Não parece a minha filha.”

“A mulher balançou a cabeça, os olhos vermelhos, arregalados e focados em Eli.
- Ninguém fez você injetar veneno - comentou, aumentando o tom de voz. Então apontou o dedo para Eli, para logo abaixo de sua cintura.
- Todos vocês - continuou, agora olhando para Tom - Espalhando o seu sêmem onde entendem. Este é o veneno. Seu sêmen é o veneno!".

"- Eu tenho uma amiga no pronto-socorro - continuou Diane, falando depressa e embolando as palavras - Ela disse que a jovem Court não parava de enfiar a mão na boca. Ela enfiava o punho inteiro lá dentro. E, quando a contiveram, ela começou a berrar que alguma coisa estava tocando nela por dentro".

Na Escola Secundária de Dryden, Deenie, Lise e Gabby formam um trio inseparável. Filha do professor de química e irmã de um popular jogador de hóquei da escola, Deenie irradia a vulnerabilidade de uma típica adolescente de 16 anos. Quando Lise sofre uma inexplicável e violenta convulsão no meio de uma aula, ninguém sabe como reagir.

Os boatos começam a se espalhar na mesma velocidade que outras meninas passam a ter desmaios, convulsões e tiques nervosos, deixando os médicos intrigados e os pais apavorados. Os ataques seriam efeito colateral de uma vacina contra HPV?
Envoltos em teorias e especulações, o pânico rapidamente se alastra pela escola e pela cidade, ameaçando a frágil sensação de segurança daquelas pessoas, que não conseguem compreender a causa da doença terrível e misteriosa.




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